terça-feira, 16 de outubro de 2012

Introdução


            A máquina fotográfica é um equipamento capaz de projetar e armazenar uma imagem em um anteparo.

            Nos antigos equipamentos, onde um filme deve ser posto dentro da câmera, o anteparo utilizado é um filme fotossensível capaz de propiciar uma reação química entre os sais do filme e a luz que incide nele.







            No caso das câmeras digitais, uma das partes do anteparo consiste em um dispositivo eletrônico, conhecido como CCD (Charge-Coupled Device), que converte as intensidades de luz que incidem sobre ele em valores digitais armazenáveis na forma de Bits (pontos) e Bytes (dados).







            O funcionamento óptico da câmera fotográfica é basicamente equivalente ao de uma câmera escura, com a particularidade que, no lugar do orifício uma lente convergente é utilizada. No fundo da câmera encontra-se o anteparo no qual a imagem será gravada.

Explicação



          Assim como a lupa, a luneta, os projetores de imagem e o microscópio, a máquina fotográfica também é considerada um instrumento óptico. Sendo assim, podemos caracterizar um instrumento óptico como sendo toda combinação conveniente de dispositivos ópticos, como espelhos, prismas e lentes. Os instrumentos ópticos têm por finalidade aplicar, captar, fornecer imagens etc.
Existem dois tipos de instrumentos ópticos: os de projeção e os de observação. Os instrumentos ópticos de projeção são os equipamentos que têm por finalidade conjugar imagens finais reais. Já os instrumentos ópticos de observação são os que conjugam imagens finais virtuais, que são observadas diretamente pelo observador.
          A máquina fotográfica também é um instrumento óptico que se encaixa no termo instrumentos de projeção. Portanto, a mesma é um instrumento de projeção que tem por finalidade captar e gravar a imagem real em um filme sensível à luz que incide sobre ele.
Podemos simplificar uma máquina fotográfica como sendo basicamente uma câmara escura de orifício, porém, no lugar do orifício, é colocada uma lente convergente, ou seja, uma lente que converge para um único ponto os raios de luz que por ela atravessam. Na face oposta à da lente está fixado o filme fotográfico sensível à luz.
          A lente que é colocada no lugar do orifício é denominada lente objetiva da máquina e possui um mecanismo que faz com que essa lente se aproxime ou afaste do filme, a fim de que a imagem do objeto seja nítida nele. Ao processo de aproximação ou afastamento da lente damos o nome de focalização. Quando se dispara a máquina, o diafragma se abre por uma fração de segundo, permitindo a entrada da luz e a sensibilidade do filme.
          Na máquina fotográfica é importante saber focalizar o objeto, a fim de se ter uma imagem nítida no filme. Caso não se focalize corretamente o objeto observado, a imagem sairá totalmente sem foco. Essa focalização é feita da seguinte forma: se o objeto estiver afastado da lente, ela deve estar bem próxima do filme e vice-versa.

Comparação da câmera fotográfica com o olho humano



Toda câmera fotográfica é fundamentalmente uma câmara escura projetada segundo características específicas que envolvem sua óptica, mecânica e formato do negativo, para apreender a energia luminosa de maneira ordenada, formando em seu interior uma imagem nítida. O olho humano possui exatamente a mesma função, formando imagens a partir da luz e transmitindo-as como impulsos bio-elétricos para o cérebro.
Portanto, podemos entender as câmaras fotográficas como extensões mecânicas do olho humano, que é um órgão adaptado para captar essa energia radiante tanto em quantidade como em qualidade, isto é, ele tem a capacidade de recepcionar os comprimentos de onda característicos de cada cor e decodificá-los, distinguindo assim objetos claros de escuros e de cores diferentes. A isso chamamos visão cromática (visão das cores). Já no caso da fotografia, a visão cromática dependerá do material sensível utilizado.
A título de comparação, a íris do olho humano funciona como o dispositivo de diafragma da câmera, controlando a quantidade de luz. O cristalino do nosso olho tem seu paralelo na lente da câmera, pois ambos vão tornar as imagens nítidas. A diferença é que o cristalino, para focalizar as imagens, muda de forma, ao passo que numa câmara, a lente é dotada de um movimento para frente e para trás para cumprir a mesma função.
A retina corresponde à parte de trás da câmara fotográfica, onde colocamos a emulsão sensível à luz e sobre a qual se formará  a imagem:


Outra semelhança entre os olhos e a câmera é que ambos captam uma imagem externa a partir da incidência de luz, interpretam essa imagem e a entregam para um receptor. Nas máquinas fotográficas, quem recebe pode ser um arquivo de imagem ou um filme; na visão humana, o receptor é nosso cérebro, responsável pela impressão das imagens.
Tanto no olho quanto na câmera imagem é captada “de cabeça pra baixo”


Quando algum objeto está além da distância focal, sua imagem precisa ser recebida de maneira invertida, para não confundir o sistema receptor. Nas câmeras digitais, um software pega essas imagens e as colocam na posição correta; na visão humana, nosso cérebro é quem faz isso. Por esse motivo, é impossível focalizar mais de uma distância ao mesmo tempo: tudo o que estiver fora dessa faixa passa por um processo de interpretação antes da formação da imagem.
E outra semelhança é que ambos precisam controlar a entrada de luz



Para a formação da imagem, é necessária a entrada da luz pela frente. Essa luz precisa ser moldada através de uma pequena abertura feita na lente de uma câmera ou no cristalino dos olhos. Na fotografia, tal abertura é controlada por um dispositivo chamado diafragma; nos olhos, essa missão é cumprida pela íris e causada na pupila. Quanto maior a abertura, melhor a qualidade na captação da imagem, pois os feixes de luz capturados chegam com maior definição e densidade.
Obviamente, a visão humana é muito diferente da fotografia em diversos aspectos, principalmente no que diz respeito aos “dispositivos” responsáveis pela criação da imagem e à maneira com que eles trabalham. Porém, analisando o mecanismo como um todo, podemos concluir que há ainda várias outras semelhanças entre os dois sistemas.
Vale lembrar que a fotografia é uma das invenções pautadas na necessidade de se reproduzir um sentido humano. O sistema fotográfico é muito semelhante ao sistema de visão, porém, nossos olhos têm uma capacidade de captura até hoje inatingível.




fontes: http://www.mnemocine.art.br/index.php?option=com_content&view=article&id=106:camerafoto&catid=45:tecnica-de-fotografia&Itemid=68

Componentes da câmera fotográfica



Existem componentes básicos que todas as câmeras fotográficas possuem, não importando se são digitais, analógicas, simples. Esses componentes são: 
  •     Corpo da câmera / Caixa à prova de luz: É a estrutura básica para a instalação dos demais componentes. Sua função é impedir a entrada de luz, a não ser aquela refletida pelo assunto, que deve passar pela abertura da lente.
  •     Objetiva: É um conjunto de lentes que tem a capacidade de formar, através de leis físicas específicas, uma imagem nítida de um determinado assunto num plano qualquer.



Lente biconvexa e bicôncava
As lentes mais comuns são as convexas e as côncavas. As primeiras refratam a luz para dentro e criam uma imagem invertida do outro lado dela. As segundas exercem efeito contrário: são tão divergentes que não podem formar uma imagem na parte posterior, mas os prolongamentos dos raios tendem a formar a imagem na parte anterior, isto é, antes da lente. É necessário que se aproxime da lente para que se veja o objeto.
  •     Diafragma: O diafragma fotográfico é uma estrutura que se encontra no interior de todas as objetivas, e tem o papel de controlar a quantidade de luz que passa através dela.
  •    Obturador: É um dispositivo mecânico que controla a quantidade de luz que incide no sensor através de uma "cortina". Ao acionarmos o disparador, o obturador permite que a luz passe e seja captada pelo sensor digital ou pelo filme, por um tempo ajustável. Quanto maior o tempo, mais luz alcançará o elemento sensível.
  •     Visor: É a parte da câmera que nos permite ver a cena que vamos fotografar, e varia segundo o tipo de câmera. Se falarmos de uma SLR (single lens reflex), o visor é uma pequena janela na qual, através de uma série de lentes e espelhos colocados estrategicamente, pode-se ver a cena exatamente como ela será fotografada, pois os raios de luz são provenientes diretamente da objetiva.


Sistema de visão de uma câmera SLR
  • Sensor: O sensor, assim como o filme fotográfico, é o local para onde se direciona toda a luz recolhida pela objetiva, onde pixels sensíveis à luz captam a cena.

Tipos de lentes



A lente (objectiva) é uma das partes mais importantes da câmara ‘fotográfica. Elas são utilizadas no processo de focalização da cena a ser fotografada além de serem as responsáveis pela angulação e qualidade da imagem.
As mesmas se caracterizam por sua distância focal podem der divididas em 7 grupos:



Tipos de fotos



Fotojornalismo:  Geralmente utilizado por profissionais, pois é muito difícil ser captados por amadores, tipo de fotografia que não pode haver alteração da imagem nem embelezamento.
Documentário fotográfico:  A diferença deste para  o fotojornalismo é que fotojornalismo trata de um momento, já documentário fotográfico se trata de uma história relatada através de fotografias, novamente este tipo não pode sofrer alteração na imagem nem embelezamento.
Fotografia de ação: Como o próprio nome já diz este tipo capta o momento em que as coisas acontecem, como por exemplo: Um gato pegando um rato, na hora em que acontece a ação, outro exemplo uma gota de chuva caindo do céu. Este tipo de fotografia exige uma máquina fotográfica um pouco melhor, de preferência que tire fotos seqüenciais, para que o autor possa escolher a melhor imagem.
Macrofotografia: Este tipo de fotografia é bem distintas das demais, e pode ser chamada também de ‘macro’. Pois o equipamento utilizado é bem diferente. Pois já que se trata de imagens com detalhes quase imperceptíveis por pessoas. Exemplo disto: Olhos de animais, olhos de uma mosca.. etc. Muito abordado na natureza este tipo de fotografia.
Fotografia de glamour: Este tipo de fotografia pode ser sexy ou erótica, mas não tem como foco a pornografia, nudez ou poses e sim as curvas e sombras.
Fotografias aéreas: Como o nome já diz se é feita sobrevoando um local. Pode ser feita de um avião com uma câmera acoplada ou por uma pessoa punhando uma câmera por entre as mãos, de um balão, paraquedas, paraglider.. etc.. Ela tem como foco o registro de imagens para construções ou topográficos por exemplo.
Fotografia aérea: São as fotografias tiradas de cima, com uma vista aérea,  por exemplos fotos tiradas em cima de uma plataforma.
Fotografia subaquática: Como o próprio nome diz são fotografias tiras em baixo d’água. Para tira essas fotos são precisas câmeras especializadas e esse tipo de fotografia é difícil de realizar pela baixa visibilidade em baixo d’água.
Fotografia de arte: São as fotografias que é para interpretar a realidade e não apenas copia-la.
Retrato: É o mais antigo de todos, é uma representação artística de pessoas e animais.
Fotografia de casamento: Como o próprio nome diz é registrar do melhor momento da vida de um casal.
Fotografia de publicidade: Ela pode conter todos os outros tipos de fotografias e tem como objetivo é despertar a curiosidade,  o interesse e obter a atenção do publico.
Fotografia de viagem: Serve para registrar paisagens e a cultura local de onde foi registrada a fotografia.